Dourados (MS) — Em pronunciamento incisivo, o presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Dourados (SECOD), Pedro Lima, criticou duramente a postura de parte dos representantes da Câmara Federal em especial os opositores do governo, que, segundo ele, têm barrado propostas essenciais para a justiça social ao mesmo tempo em que aprovam pautas que prejudicam diretamente os trabalhadores brasileiros.
Pedro Lima apontou como exemplo o projeto que previa a ampliação da taxação do IOF para grandes fortunas e lucros da classe patronal, travado na Câmara. Para ele, isso demonstra falta de compromisso com a maioria da população.
“Projetos como o do IOF, que propõem uma maior taxação sobre os mais ricos — principalmente da classe patronal — acabam sendo travados por quem deveria defender os interesses da maioria da população”, afirmou.
Fim da escala 6x1
Outro ponto fortemente criticado pelo presidente do SECOD foi a maneira como o projeto do fim da escala 6x1 que tramita no congresso nacional, está engavetado por falta de vontade política vez que este encontra resistência da classe patronal e, por isso ele vem sendo atacado inclusive por muitos congressistas, sobre o argumento que a classe trabalhadora já tem uma folga semanal e, o projeto vem gerar mais custos ao empregador. Entendemos que se aprovado um projeto com escala 5x2, o trabalhador terá mais tempo para descansar e repor suas energias, além de ter mais um dia para o convívio familiar e, com isso renderia muito mais seu desempenho no trabalho além de trazer geração de empregos e renda. Portanto, nobres representantes, quero lembrar que vocês foram eleitos para trabalhar em prol de todos e, não para beneficiar a camada nobre do país, por isso peço que olhem também para os trabalhadores, em especial da iniciativa privada e deem e eles uma condição mais digna fazendo tramitar terminado coma jornada 6x1 e aprovando a jornada 5x2.
Trabalho aos domingos e feriados sem negociação sindical
Pedro Lima também se posicionou contra a recente decisão de prorrogar a entrada em vigor do Decreto do Ministério do Trabalho que condiciona o trabalho aos Domingos e Feriados em todas as áreas do comércio, incluindo aí o comercio de gêneros alimentícios (mercados, supermercados, frutarias, açougues...) podendo estes trabalhar nesses dias, somente com a negociação em Convenção ou acordo coletivo de trabalho com a participação e negociação das entidades sindicais, (Laboral e Patronal).
A negociação coletiva é um instrumento democrático, e não pode ser desmontada em nome do lucro".
Encerrando seu pronunciamento, Pedro Lima reafirmou que o SECOD continuará atuando na linha de frente da defesa dos direitos trabalhistas, denunciando retrocessos e lutando por valorização, justiça e respeito à dignidade do trabalhador.
“Não vamos aceitar calados o desmonte das conquistas históricas da nossa categoria", finalizou Pedro Lima.