A Polícia Federal está investigando uma quadrilha que se passa por associações comerciais fantasma que encaminha, por correspondência ou e-mail, boletos com cobranças indevidas aos empresários. Em Dourados, diversos comerciantes receberam boletos e entraram em contato com a Associação Comercial e Empresarial de Dourados para saber sobre obrigatoriedade e veracidade desse pagamento.
O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Dourados, Antonio Nogueira, afirmou que “no início do ano essa prática é intensificada, e é difícil saber como eles conseguem os dados cadastrais das empresas e tantas informações, mas sabemos que muitas estão recebendo boletos com cobranças indevidas, fiquem atentos e paguem apenas boletos depois de se informar sobre a cobrança, porque na maioria das vezes é um golpe nacional”, disse o presidente.
Além de conseguir os dados cadastrais dos donos de empresas, essas associações fictícias encaminham boletos bancários sem alertas de que o pagamento para associar-se é facultativo.
O presidente da Federação das Associações Empresariais de Mato Grosso do Sul (FAEMS), Antonio Freire explicou que, essa atividade é comum e que a investigação vai ajudar a acabar com essa prática.
“Geralmente recebemos um boleto sem a devida explicação que não é obrigatório e sim facultativo, ou seja, o empresário realiza o pagamento da cobrança por pensar que é obrigatório. Já é uma decisão do Banco Central que todos os boletos de propostas devem conter um aviso de que o pagamento é facultativo”, disse Freire.
Se o empreendedor receber o documento e o pagamento for efetuado, o empresário cairá num estelionato, dificilmente vai recuperar o dinheiro perdido, a dica para não cair no golpe é sempre ligar na instituição e verificar a autenticidade do documento.
“Outro tipo de golpe que vem sendo aplicado, principalmente em cidades do interior, é relacionado às listas telefônicas, onde empresas fantasmas entram em contato, formalizam um contrato, enviam um boleto, e nunca mais aparecem, precisamos ter atenção redobrada”, disse Nogueira.