Mato Grosso do Sul tem, atualmente, 250 mil pessoas fazem parte da comunidade LGBT. A principal queixa é quanto ao preconceito que ainda enfrentam. Nos meios de comunicação e nas esferas jurídicas, o uso incorreto de terminologias pode colaborar no aumento do preconceito.

A informação é do presidente da Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), Júlio Cesar Valcanaia, durante o lançamento, ontem (30) a Cartilha de Comunicação e Linguagem LGBT. “Nosso papel é impulsionar grandes debates para buscarmos fortalecer a democracia brasileira. Perante nossa carta magna, a Constituição, somos todos iguais e merecemos tratamento igualitário”, disse o presidente da OAB/MS, Julio Cesar Souza Rodrigues. A cartilha, já disponibilizada para consulta no site da instituição, “é instrumento que colabora na defesa das minorias e na disseminação de informações corretas pela imprensa, que representa o grande elo das entidades com a sociedade”, apontou o vice-presidente da OAB/MS, Mansour Elias Karmouche.

A criação do material conta com a parceria do Sindicato dos Jornalistas no Estado (Sindjor-MS). “Diante de tantas manifestações de crimes de homofobia, vemos uma atitude positiva para colaborar no combate ao preconceito. Nós, jornalistas, somos responsáveis pela informação e até mesmo pela formação de opiniões”, disse a presidente interina do Sindicato, Elcilene Holsback. Além de pontuar o uso de terminologias pelos profissionais de comunicação, a cartilha traz orientações ainda para evitar, por parte dos advogados, a abordagem errada em procedimentos e inquéritos.

O material conta ainda com a contribuição da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). O diretor-geral da Escola Superior da Advocacia (ESA/MS), Sandro Rogério Monteiro de Oliveira, apontou a importância da abordagem do tema nas escolas e faculdades para disseminação de conhecimento e combate ao preconceito. "Como professor de Direitos Humanos não posso me calar diante de episódios de homofobia mesmo nas universidades", disse Sandro. "A repetição irracional de informações equivocadas contribuem para o preconceito", complementou, abordando a importância da cartilha para toda a sociedade. O evento de lançamento contou ainda com a presença de Marco Aurélio de Almeida, da Secretaria de Assistência Social e representantes de entidades de classe. CLIQUE AQUI e acesse a cartilha.